domingo, 1 de março de 2009

Cigana Selvagem

Minha alma cigana, sem calma,
Lhe quer hoje, agora, não espera.
Não há o proibido, o impossível.
Só na noite, esta cigana desespera.

Quero a magia de carinhos insanos
Arrelia de amor, meu corpo suado...
Meus segredos revelados, tremor,
Torpor, sangue fervendo, cruzado...

Tenho veneno, um gostoso mistério,
Para ser descoberto, desvendado...
Sou inspiração, desejo, sol a pino...
Sou destino adiado, mas marcado...

Meu coração cigano selvagem,
Quer sua posse, da paixão a dança.
Beijo molhado, abraço apertado,
Dos desejos a afiada e aguda lança...

Meu querer é animal indomável,
Rugindo em dolentes chamadas...
Labaredas, fogo, fogo abrasador,
Chamando-o nas madrugadas!...

Esta cigana cansou de esperar ...
Quer ter o seu senhor, apaixonado,
Agora, para sempre, pela vida Inteira,
Alucinado... Pelo amor arrebatado!...

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