sexta-feira, 20 de março de 2009

DERRADEIRA MULHER

Tomo-te em meus braços,
qual não houvesse mais amanhã.


Musa inspiradora, derradeira
Mulher, de entre todas as Mulheres,
esculpo, com facilidade,
a inspiração, que me deixas,
a cada passo teu, feito de silêncio,
onde só eu, reconheço o sentido,
da palavra, que ainda não disseste.


Sussurras-me ao ouvido, aquilo que
não direi, senão, quando, lá fora,
a prata da lua, incidir sobre as coisas.


E ambos sorrimos, olhando-nos,
bem de frente, nos olhos…


Decidido ponho-me estes versos a
escrever, sem qualquer intenção
que não o vento, que vai lá fora,
mostrando o reverso das folhas.


Sabedor de tua paixão, pelo mar,
imagino, que, a esta altura, deva estar
bravo… então descrevo um sol
sorridente, que não se fará esperar,
entrando de rompante,
pelas frechas das janelas, meio fechadas.


E a poesia, continuará, em chegando
a hora, de passearmos de mãos dadas,
folhas espalhadas, por sobre a mesa.

Sem comentários: