sexta-feira, 20 de março de 2009

Desilusão

Hoje sou apenas uma parede,

sem olhos, sem paladar,

no peito argamassa,

no riso um sem jeito a cal,

onde a chuva desbota devagar.





Um dia tive corpo e alma,

beijos, brilhos e sabores,

no pulsar do peito uma paixão,

tentador e colorido sorriso,

sem dominar, conquistava.





Hoje o sol queima minha casca,

o brilho dos olhos é ofuscado,

nas mãos apenas vazios de amanhãs,

no caminho uma estação,

o destino, rumo ao chão...

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