segunda-feira, 23 de março de 2009

Lamurias Ardentes

Me junto à noite para com ela passear,

buscando em tua volúpia o cheiro de mar,

o gosto da fruta colhida, o aço,

dourado tilintando em teu desejo!



Ao dobrar dos sinos,

me junto à tua voz, solto-me

ao revelo sedução descobrindo

cada versado detalhe, cada

descrito entalhe exaltando

a paixão, a pérola, a capela

para o meu divagar!



Na nua parede,

o desabrochar do cálice

num frenesi aquecido

ao flutuar das mãos,

ao cantar dos navegantes,

desaguando em lamurias

ardentes, corredeiras

de um sol sempre nascente!



Dentre os tecidos,

o doce pecado do amor

escrevendo poesia!

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