sexta-feira, 20 de março de 2009

LIBERTAÇÃO

De novo a diáfana leveza
o peito arfante aberto à natureza
liberto das grilhetas do amor
o pensamento claro e fluido, fresco
transparente e receptivo
vogando ao sabor da correnteza

Da turvação dos olhos te arranquei
da mente nublada exterminei
tumor libidinoso e perverso
nascido de veneno de flor

Da radiografia imaginada
sobrou agora a foto, frente e verso,
que não valeu o flash de uma hora…
E a moldura, essa, gasta e deformada
de sonho e poesia mascarada
com dedos de indiferença joguei fora!

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