Com as mãos nuas a terra úmida revolvi
Buscando sementes que um dia germinaram
Espalhadas pelos campos, o vento beijaram
Soprando os flagelos do mundo que conheci
A majestosa palmeira que nos abrigava
Para eternizá-la, em rosada pedra esculpi
Da escuridão assustadora, apavorada fugi
Enquanto o teu nome na garganta calava
Rodopiando num turbilhão de emoções
Sem condições ter para escolher direções
Debilitada, por socorro aos céus clamei
O meu cantar solitário ao acaso dediquei
Do vazio, o sinal finalmente percebi chegar
E livre, nas asas de um pássaro, decidi voar
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