sexta-feira, 13 de março de 2009

Sarasvati

Eu sopro a flauta a esse canto ao nada

e o cisne branco agracia o pôr-do-sol.

Água dos sonhos, abençoai o crisol

e libertai a deusa tão sonhada...





À flor de lótus beijando a sedução,

eu sou a fonte onde o seu fim deságua,

purificando moinhos de mágoas,

sou a bebida sagrada e a salvação.





A lua crescente, o cálice e a essência,

aspergindo o aroma das venturas

nas gotas supremas tal a cura

e o amor sublime dessa existência.





Sou o cântico aos dosséis da imensidão,

o sânscrito qual energia espiritual,

redenção em minha forma universal,

sou Sarasvati, a divina criação.

Sem comentários: