domingo, 1 de março de 2009

SE TE CALAS

Se te calas, a angústia me devora
em tal hora, no avesso da memória,
sem a glória da paz que não aflora
de um agora sem alma e sem vitória.


Se te calas, o medo me domina
nesta sina que ri ao meu abraço,
do fracasso que a vida descortina
qual rotina no riso de um palhaço.


Se te calas, o amor então padece
nesta prece que canto num lamento,
vão tormento que fere e embrutece.


Se te calas, me calo e abandono
este trono por ti outrora bento.
Juramento... Magia de um outono.

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