quarta-feira, 11 de março de 2009

A VIDA CALA MEDOS

Tudo se cala nas horas e a noite pesa,

num sonho moderado de um só suspiro

eco do mundo, como a voz das torres

no retrato esfingico dos curvados dias.



Gostaria de rasgar a capanga da mentira,

entrar na doçura de um sorriso puro...

adornar de vidas a estrada dos medos

suspensa sobre os olhos dos inocentes!



Vencer procelas no Oceano exausto da

mentira, onde o olhar se fecha sobre as rochas

incendidas, que nos queimam o tempo

num futuro, que germina flores de lume.



A poesia se suprime fechada no silêncio

onde mora um punhal oculto em gestos

assustando o poeta que rega todas as dores

num lirismo, que fomenta o porvir da vida.

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