Tudo se cala nas horas e a noite pesa,
num sonho moderado de um só suspiro
eco do mundo, como a voz das torres
no retrato esfingico dos curvados dias.
Gostaria de rasgar a capanga da mentira,
entrar na doçura de um sorriso puro...
adornar de vidas a estrada dos medos
suspensa sobre os olhos dos inocentes!
Vencer procelas no Oceano exausto da
mentira, onde o olhar se fecha sobre as rochas
incendidas, que nos queimam o tempo
num futuro, que germina flores de lume.
A poesia se suprime fechada no silêncio
onde mora um punhal oculto em gestos
assustando o poeta que rega todas as dores
num lirismo, que fomenta o porvir da vida.
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